Os Sem Terra, segundo Eduardo Galeano
Narração: Carmem Imaculada de Brito
Os Sem Terra, segundo Eduardo Galeano
Sebastião Salgado os fotografou,
Chico Buarque os cantou,
José Saramago os escreveu:
“cinco milhões de famílias de camponeses sem-terra deambulam,
” vagando entre o sonho e o desespero”,
pelas despovoadas imensidões do Brasil.
Muitos deles se organizaram no Movimento dos Sem-Terra.
Desde os acampamentos,
improvisados às margens das rodovias,
jorra um rio de gente que avança em silêncio,
durante a noite,
para ocupar os latifúndios vazios.
Rebentam o cadeado,
abrem a porteira e entram.
Ás vezes são recebidos a bala por pistoleiros e soldados,
os únicos que trabalham nessas terras não trabalhadas.
O Movimento dos Sem -Terra é culpado:
além de não respeitar o direito de propriedade dos parasitas,
chega ao cúmulo de desrespeitar o dever nacional:
os sem-terra cultivam alimentos nas terras que conquistam,
embora o Banco Mundial determine que os países do sul não produzam sua própria comida
e sejam submissos mendigos do mercado internacional.
trecho do livro de Eduardo Galeano De pernas para o ar a escola do mundo ao avesso, p. 330.
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Edição e Divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais. Acompanhe a luta pela terra e por Direitos também via www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com www.cebimg.org.br – www.cptmg.org.br – www.cptminas.blogspot.com.br
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