Poema “Corpo-África”, de Juliana Costa
Narração:Carmem Imaculada de Brito
Poema “Corpo-África”, de Juliana Costa
Meu corpo é uma África
e o mundo, um navio negreiro.
Enquanto cantos que não entendo
oscilam dentro de mim,
eu vejo as atrocidades que ainda não tiveram fim.
“Vivemos tempos de Lei Áurea” − assim nos dizem
enquanto socialmente nos constrangem
pelo cabelo crespo que adoramos
pela coroa simbólica que levantamos
e se ofendem quando nos amamos.
Meu corpo é uma África
que ainda grita
todos os crimes contra sua terra
e contra sua gente.
O racismo de nossa era
vem junto com uma boca sorridente
que dissimula
e tudo que é negro anula
como contribuição social.
Meu corpo é uma África
meu Ori vive comigo a resistir
Já que não podemos mais permitir
o silêncio a nos chicotear,
nem os discursos com outros termos a inferiorizar o que somos. Juliana Costa (Cadernos Negros n. 39 – (p. 194)
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Edição e Divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais. Acompanhe a luta pela terra e por Direitos também via www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com www.cebimg.org.br – www.cptmg.org.br – www.cptminas.blogspot.com.br
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Amei a narração feita pela Carmem Imaculada de Brito e muito obrigada por divulgar no seu site a minha poesia. Hoje, o meu nome artístico é Juliana Sankofa, mas o meu nome de registro é Juliana Cristina Costa.