Poema “Negro”, de Raul Bopp
Narração: Carmem Imaculada de Brito
Poema “Negro”, de Raul Bopp
Pesa em teu sangue a voz de ignoradas origens.
As florestas guardaram na sombra o segredo da tua história.
A tua primeira inscrição em baixo relevo foi uma chicotada no lombo.
Um dia
atiraram-te no bojo de um navio negreiro.
E durante longas noites e noites
vieste escutando o rugido do mar
como um soluço no porão soturno.
O mar era um irmão da tua raça.
Uma madrugada baixaram as velas do convés.
Havia uma nesga de terra e um Porto.
Armazéns com depósitos de escravos
e a queixa dos teus irmãos amarrados em coleiras de ferro.
Principiou aí a sua história.
O resto, a que ficou para trás,
o Congo, as florestas e o mar
continuam a doer na corda do urucungo.
O poema NEGRO, de Raul Bopp foi escrito em 1926 e publicado no livro Manuel Bandeira – apresentação da poesia brasileira.
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Edição e Divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais. Acompanhe a luta pela terra e por Direitos também via www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com www.cebimg.org.br – www.cptmg.org.br – www.cptminas.blogspot.com.br
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