APOIO DE FREI GILVANDER E NOTA DE REPÚDIO DE SÉRGIO PERERÊ, CANTOR MINEIRO, MULTIARTISTA E REI NO CONGADO

Sérgio Pererê, querido amigo-irmão, cantor e compositor, multiartista HUMANO-DIVINO, fiquei indignado com a postura racista e intolerante de uma pessoa falsa cristã com relação à sua apresentação na igreja de N. Sra. das Dores, em Ouro Preto, MG. Meu abraço solidário, Sérgio Pererê. Vou publicar sua Nota de Repúdio no meu site www.gilvander.org.br  e saiba que Maria, a mãe de Jesus e nossa mãe, ficou muito feliz com sua apresentação dentro da igreja. Você, Sérgio, é morada do divino. Pelas suas músicas e pelo seu jeito de ser humano, ético, justo, solidário, responsável socioambientalmente e geracionalmente, você irradia luz, humanismo, esperança, vida. Infelizmente e lamentavelmente, há pessoas obtusas, moralistas, fundamentalistas e medíocres que insistem em privatizar o sagrado e ficam disseminando ódio, posturas racistas e intolerância religiosa. Ignoram que o Brasil é um Estado laico, onde a liberdade religiosa é garantida pela Constituição d e 1988. Portanto, ninguém tem o direito de se impor religiosamente e discriminar a expressão de fé de outra pessoa. Vou divulgar mais suas músicas, pois elas alimentam o espírito das pessoas, geram humanismo. Que a luz e a força divina, dos ancestrais, do divino invocado sob tantos nomes, continuem irradiando em você! Abraço terno com profunda admiração, respeito e gratidão pelo seu talentoso trabalho artístico. Frei Gilvander Moreira

Obs.: Sérgio Pererê entrou no Poder Judiciário exigindo que o vídeo criminoso seja retirado do ar e exigindo indenização por danos morais…

NOTA DE REPÚDIO DE SÉRGIO PERERÊ, CANTOR MINEIRO, MULTIARTISTA E REI NO CONGADO

“No dia 1º de junho, eu tive a honra de fazer uma apresentação no “Festival de Fado”, dentro da Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Ouro Preto. Foi um show leve e emocionante, assistido por um público afetuoso e de uma sensibilidade rara, no qual cantei o repertório de “Canções de Bolso”, um álbum que prezo muito.

Porém, nesta terça-feira, dia 10, me deparei com um vídeo no Instagram que chama a apresentação de “profanação da Igreja Católica” e questiona a legitimidade da minha presença naquele espaço sagrado.

Com um tom agressivo, a narradora do vídeo, publicado na página “Guerreiro da Santa Igreja”, afirma: “ele se diz espiritualista, mas as músicas dele são denominadas ‘Samba de Preto Velho’, ‘Conversas de Terreiro’, entre outras barbaridades”.

É evidente e revoltante como o discurso do vídeo é impregnado de racismo e intolerância religiosa, motivo pelo qual manifesto publicamente o meu repúdio. 

Enquanto artista negro, filho de benzedeira e rei no Congado, é muito legítimo ocupar o espaço de uma igreja. Afinal, é sabido que as igrejas das cidades históricas de Minas Gerais foram construídas com a força, o coração e o sangue dos meus ancestrais. 

A crítica feita a mim não me atravessa, porque caminho há muito tempo, na minha trajetória pessoal e artística, consciente do que eu proponho, do que eu acredito e de como meu trabalho chega às pessoas.

Contudo, acho extremamente importante trazer esse ataque a público para que possamos refletir sobre o racismo e a intolerância religiosa e buscar cada vez mais forças para, juntos, combatê-los.”

Sérgio Pererê – Coração de Marujo [Disco completo]