Despejo de Ocupação em Miravânia, norte de MG: imensa injustiça agrária e social e crime do Estado – Vídeo 1 – 09/7/2019.

Despejo de Ocupação em Miravânia, norte de MG: imensa injustiça agrária e social e crime do Estado – Vídeo 1 – 09/7/2019.

Nessa terça-feira, 9 de julho de 2019, às 8h, na Ocupação-Comunidade Olaria Barra do Mirador, com 52 famílias – comunidade francamente consolidada – ocupando a Fazenda Japoré, no município de Miravânia, extremo norte de Minas Gerais, o Comando Geral da Polícia Militar de MG, com cerca de 100 policiais e 20 viaturas, iniciou uma operação de guerra e truculência, despejando as famílias acampadas há 19 anos. Nessa operação injusta e covarde, também fecharam as estradas que dão acesso à Comunidade. Lideranças da comunidade e famílias foram impedidas de aproximarem-se das suas casas que foram derrubadas por tratores a pedido de fazendeiro que se diz proprietário, e com decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Não houve reunião da Mesa de Negociação do Governo de Minas com as Ocupações urbanas e rurais para tratar do conflito gravíssimo que envolve dezenas de famílias da Ocupação em Miravânia. O clima na região está muito tenso. O povo está apavorado. Além das casas, foram destruídas lavouras, pomares, hortas – fontes de sobrevivência das famílias. Injustiça que clama aos céus! O justo e ético é que seja reativada com urgência a Mesa de Negociação do Governo de Minas Gerais com as Ocupações para que as famílias sejam ouvidas e se chegue a um acordo justo, que respeite o princípio da dignidade humana e a história dessas famílias ao longo dos 19 anos de legítima ocupação.

Casas construídas com muito suor e luta pelos camponeses na Ocupação no município de Miravânia, norte de Minas Gerais, injustamente despejados dia 09/7/2019. Uma fazenda de 3.600 hectares, que estava abandonada há décadas, em 2000 foi ocupada por 52 famílias que a 19 anos anos viviam na terra produzindo alimentos para o povo da cidade, inclusive. Só em 2019, a produção de farinha de mandioca chegou a 365 sacos de 60 quilos cada. Foto: Zilá de Matos.

*Filmagem e fotos de Zilá de Matos, da CPT-MG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Apoio e divulgação: frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI.

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