Poema “O Direito que Quero”, de Alexandre Bolmann
Narração: Carmem Imaculada de Brito
Poema “O Direito que Quero”, de Alexandre Bolmann
Não quero o direito asséptico
Que finge neutralidade
Enquanto usa perfume francês
Bebe champanhe e come caviar.
Quero o Direito
Que para além da norma
Brota da vida
Quero o Direito que exala
O cheiro de suor de um trem lotado
Que come a marmita fria
De quem trabalha a terra
Sem ter um pedaço de chão
Que sobe o morro
Carregando nas costas
O peso do cansaço e do preconceito
Que se pinta de negro, de índio
Que atravessa o Mediterrâneo em bote
Que não tem onde dormir,
Está entregue à própria sorte
Que é vítima de violência
Por conta de suas posições pessoais
Que se coloca ao lado de quem tem menos
E não abaixa a cabeça
Pra quem se acha mais
Que tem coragem de enxergar
Que nesse mundo onde as coisas
São mais protegidas do que aqueles
Que deveriam possui-las
Não está nada direito
Quero o Direito
Que ousa arregaçar as mangas
E encarar o muito
Que ainda precisa ser feito.
(Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2015
Poeta Alexandre Bollmann)
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