Poema “Pedagogia do Oprimido – Paulo Freire”, de João Adonias Aguiar Neto

Poema “Pedagogia do Oprimido – Paulo Freire”, de João Adonias Aguiar Neto

Narração:Carmem Imaculada de Brito

Poema “Pedagogia do Oprimido – Paulo Freire”, de João Adonias Aguiar Neto

Meu nome é fulano

Poderia ser João, José, Jorge…

Qualquer um

Sou mais um, entre muitos.

Que não tive acesso a muita coisa não

Só de nascer

Não me perguntaram aonde queria que nascesse

Mas mesmo assim vim

Meu pai… Não conheço!

Dizem por aí, porque eu mesmo nunca vi.

Minha mãe…

Parente, ente, gente que nem a gente.

Sofrida, calada, doente…

Oportunidades…

Nenhuma, como num cenário de ausências.

Sem dignidade, nem opção.

Nunca tinha visto um caderno na vida

Ouvira falar que existia um lugar chamado ESCOLA

Mas a realidade era outra

Quem poderia parar de trabalhar?

Para a cabeça educar

Não ela

Não nós

Somos parte de um cenário opressivo, pois oprimidos somos.

Perguntam-me: Para que isso menino?

Estudo, Informação e Cultura.

Eu nem sei, mas só sei que sei.

Pois sem o estudo não tem:

Oportunidade

Igualdade

Sociedade (de um modo mais justo)

Não quero ser mais um NÃO!

Me retei, vou brigar.

Para de ser oprimido deixar

Para que ninguém “faça vida” às minhas costas.

Para que saia esse ranço

Que não é meu, e talvez nem seu.

Esse cenário tem que mudar

Para que minha mãe volte a sonhar, e não gritar.

Queremos agora escutar

Não só eu… mas sim todos

Sejam eles quais for

Sem dor, pavor.

Quero acesso a tudo!

Temos que plantar a semente

Consciente

Mas, aí vem a realidade.

Que não tem raça nem idade.

Só tem um ideal

Vil e cruel

Do opressor

Mas CHEGA de dor

E com meu amor vou anunciar

Opressão nunca mais!

Pois nada ela nos trás

Só rancor e dor

Quero agora mais!

Que ninguém venha me tirar

Essa criança dentro de mim

Que é a ESPERANÇA

Mas não como ideal

E sim como realidade

Tomara que meu grito ecoe

Que atinja todo mundo

João, José, Maria…

Vamos minha gente

Que como diz a música…

“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Tô de saco cheio

Pois dentro de meu peito não tem mais espaço

Para um OPRIMIDO

OPRIMIDO vou deixar de ser.

Quero é crescer!

E com isso viver……..

= = = = = =

Edição e Divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais. Acompanhe a luta pela terra e por Direitos também via www.gilvander.org.br  – www.freigilvander.blogspot.com  www.cebimg.org.br  – www.cptmg.org.brwww.cptminas.blogspot.com.br   

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