MANIFESTO CONTRA A MINERAÇÃO NO TERRITÓRIO QUILOMBOLA MUSSUCA, MAIOR QUILOMBO DE SERGIPE – TITULAÇÃO, JÁ!

MANIFESTO CONTRA A MINERAÇÃO NO TERRITÓRIO QUILOMBOLA MUSSUCA, MAIOR QUILOMBO DE SERGIPE – TITULAÇÃO, JÁ!

Reprodução Redes Virtuais

A importância deste abaixo-assinado

A Comunidade Quilombola da Mussuca, maior quilombo de Sergipe, com uma população de 2.903 pessoas, reafirma sua oposição firme e irrevogável à mineração em nosso território. Nosso quilombo não é apenas um espaço geográfico, mas um lugar de vida, cultura, história e sustento. Nossa terra, margeada pelos rios Cotinguiba e Sergipe, é um grande berçário de vida do estado de Sergipe e sustenta inúmeras famílias com pesca, agricultura e atividades tradicionais que preservam nossa cultura e história. A entrada da Cimento Nacional não só ameaça nosso modo de vida como coloca em risco todo um ecossistema que nos sustenta e está diretamente ligado à sobrevivência de comunidades próximas, como Maruim, Santo Amaro das Brotas, Socorro e Aracaju.

O projeto de mineração compromete diretamente a reprodução dos peixes, crustáceos e mariscos, que são base da nossa subsistência. Além disso, os danos causados pela sílica, dispersa no solo, na água e no ar, pela fábrica de cimento, resultam em graves problemas de saúde, como câncer e enrijecimento das células pulmonares. Esse risco não pode ser ignorado.

Outro impacto direto é a ameaça às nossas casas e construções. As explosões das atividades de mineração podem comprometer a estrutura das nossas residências, creches e postos de saúde, todos próximos à Fazenda São Roque, área que o grupo empresarial quer retirar do mapa do território quilombola. A memória de nosso povo guarda relatos das violações sofridas ao longo dos anos, como o caso de famílias impedidas de plantar ou buscar água nas fontes de água doce. Esses atos de violência só reforçam nossa resistência.

Vale destacar que a Fazenda São Roque é uma área vital para a regularização do território quilombola da Mussuca. A sua exclusão do mapa do território fere uma determinação judicial que obriga o Incra a concluir todas as fases do RTID (Relatório Técnico de Identificação e Delimitação), um passo crucial para o reconhecimento e a titulação do nosso território. A retirada dessa fazenda abriria precedentes perigosos para outras comunidades tradicionais, colocando em risco não apenas o quilombo da Mussuca, mas diversas outras comunidades em todo o Brasil. Por isso, é fundamental que a Fazenda São Roque não seja retirada do território quilombola.

Esta terra sempre foi utilizada pelo nosso povo para plantar, pescar, busca água e viver. Não aceitamos ser removidos de nossas terras para atender aos interesses econômicos de uma empresa que trará apenas destruição. 

Convocamos todas as autoridades, organizações da sociedade civil, ativistas e defensores dos direitos humanos e ambientais a somarem esforços para proteger a Mussuca, rejeitar a mineração e garantir a titulação das terras quilombolas agora, assegurando que nosso território continue sendo um lugar de vida, memória e resistência. Nosso território não está à venda, e nossa luta é pela vida.

Mineração, NÃO!
Titulação, JÁ!
Mussuca LIVRE!

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