Genocídio do povo palestino. Por padre Waldemir Santana

Genocídio do povo palestino. Por padre Waldemir Santana, da Arquidiocese da Paraíba

Representação de milhares de crianças assassinadas por Israel racista, colonialista e genocida, em Manifestação em defesa do Povo Palestino em Belo Horizonte, MG, dia 11/11/23. Foto: Alenice Baeta.

O que está acontecendo nesse momento com o povo palestino é de uma brutalidade inconcebível. As imagens veiculadas dos bombardeios israelenses, destruindo hospitais, matando crianças, mulheres, pessoas idosas chocam o mundo pela forma cruel que o terrorismo do Estado de Israel vem realizando.

Se o que o Hamas fez é terrorismo, o que Israel também vem fazendo é terrorismo muito mais brutal. O maior campo de concentração chamado Gaza está em ruínas, devido ao desejo enlouquecido de vingança do primeiro ministro israelense. O único motivo para esse tipo de retaliação é o extermínio do povo palestino.

Esse desejo não é de hoje, ele tem uma longa história. O governo do facínora Benjamin Netanyahu segue com seu propósito macabro de não deixar nenhum palestino vivo, pois, eles são considerados “animais” e precisam ser exterminados.

Os dirigentes da política colonial e imperialista de Israel se transformaram em verdadeiros predadores da dignidade humana que não pode ser violada, inclusive na guerra. O desaparecimento dos palestinos da história é a meta a ser alcançada pelo Estado de Israel. Ficará a poeira de corpos incinerados pela truculência das forças de ocupação de Israel.

A política sionista é regida pela eliminação de todos os palestinos e de tudo que faça memória deles. O que Michel Foucault assevera no seu livro, “Vigiar e Punir”, deve ser levado em consideração: “Esse inimigo deve desaparecer, ser extinto, até que só reste cinzas.” O que o obtuso primeiro ministro de Israel deseja é construir no Oriente Médio uma nova história onde não se fale mais de palestinos

O genocídio não pode ser entendido apenas como destruição em massa de um povo, de uma cultura. Querer destruir um povo no seu todo, ou em parte, perpetrando ações que mantêm um povo em condições existenciais que ocasionem a destruição física ou parcial é considerado genocídio. Portanto, crime de genocídio não se define pelo número de pessoas mortas. O que o Estado de Israel vem fazendo é genocídio, sim, e não há como negar essa realidade. Matar crianças que ainda estão sendo amamentadas num hospital é a expressão mais eloquente de limpeza étnica.

O mundo assiste a este horror da guerra, sem tomar nenhuma posição para cessar essa verdadeira carnificina realizada por Israel. A ONU hoje é uma instituição totalmente desacreditada, pois, sempre se submete às pressões dos EUA, que é conivente e cúmplice com todo esse genocídio que vem acontecendo em Gaza.

Esse é o óbvio ululante, os usamericanos não querem o fim do genocídio, pois, precisam vender suas armas. Onde não existe guerra, os usamericanos criam uma para assim alimentar sua indústria armamentista. Ninguém duvida, a história será implacável no julgamento daqueles que movidos pelo ódio, matam crianças inocentes, pelo desejo patológico de extermínio de um povo.

O que vem acontecendo com os palestinos há mais de 75 anos é uma ação bem arquitetada, planejada por parte de Israel que a qualquer momento iria eclodir em forma de guerra. Os países aliados incondicionais de Israel são coniventes com esse genocídio. O ódio entranhado no Primeiro Ministro de Israel e propagado pela mídia ocidental corporativa contra os palestinos tem infeccionado a mente de milhões de pessoas em todo mundo. A forma de alimentar o ódio é propagar fake news contra os palestinos. As grandes redes de televisão no Brasil tem feito isso.

O que Israel está fazendo neste genocídio é uma verdadeira afronta aos direitos humanos. Qualquer ação que não leve em consideração o direito à vida de pessoas inocentes e articula o desaparecimento de um povo da história por puro ódio, comete crime contra a humanidade. O ódio alimentado e retroalimentado por Benjamin Netanyahu contra os palestinos levará o povo de Israel a uma insegurança generalizada em todas as partes do mundo.

A frase é repetida à exaustão:” Nada justifica matar civis”. Toda pessoa com um mínimo de sensatez não discorda da afirmação. Agora levando em consideração a história de opressão que o povo palestino vem sendo submetido, quantos civis Israel já matou com suas incursões na faixa de Gaza e quantas vezes a imprensa corporativa condenou essas ações? O povo palestino vem sendo criminalizado simplesmente por lutarem pelo fim dessa opressão e por um direito ancestral. Punir coletivamente um povo por puro ódio é o que há de mais abjeto no ser humano.

A fúria que move os israelenses a promover um banho de sangue em Gaza, massacrando homens, mulheres e crianças pequenas e lactentes, deveria provocar uma indignação no mundo inteiro, mas pelo que estamos vendo que o mundo está caminhando para naturalizar o extermínio de um povo. Tanto Joe Biden e Benjamin Netanyahu serão apontados como os exterminadores do futuro da humanidade. Viva a luta do Povo Palestino! Cessar fogo, Já!

4º Ato e Marcha em BH/MG em apoio ao Povo Palestino. Cessar fogo, JÁ! Israel está fazendo genocídio! (Vídeo)

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